terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Não é o outro que te faz voar .. o nome disso é catapulta!

Hoje o amor está no ar ... (silêncio na sala)!!!!!

"Hei" apaixonados amantes notívagos do meu Brasil varonil e in the world também. Estava falando com um velho e bom amigo e ele me disse que estava apaixonado. Quer dizer, não assim com essas palavras todas. Mas pelo jeito dele se percebe isso. Legal, ele merece e espero que isso se transforme num amor perene. Sagitariano como eu, sabemos que paixão tem muito a ver com romantismo. Aquelas atitudes que alguns dizem ser loucuras para agradar o outro (a) que é a base de um bom relacionamento. Paixão e amor sem romantismo tem data de validade estipulada. BUT ... é uma via de mão dupla. 

Você manda flores. Recadinhos apaixonados durante o dia, noite, tarde, madrugada, hora da reunião, consulta médica (calma pra não virar obsessão) ... Prepara jantares a luz de velas. Festas surpresas. E vira sócio do sex-shopp só pra não deixar a chama apagar. Você está voando e acha que ele ou ela é a razão. 

Uma vez lendo um texto de Martha Medeiros ela explicava essa reação que temos ao estarmos apaixonados de uma forma que achei muito peculiar e própria. Ninguém nos faz voar. Tanto que se a relação não der certo e a gente se apaixonar de novo, vamos começar a voar novamente. Nós conseguimos voar pois quando apaixonados externamos o melhor de nós e isso nos tira do chão. E passamos a executar o aplicativo romântico modo ON, de forma quase full time e nos sentimos o ser mais feliz do mundo com vontade de sair gritando para todos os lados. Ok, você está rindo agora pois aconteceu exatamente com você e não tinha se dado conta disso. Liga não, faz parte.

Aconteceu comigo. Depois de passarmos o dia juntos no primeiro encontro e após aceitar meu pedido de namoro (olha o romantismo aí gritando, pois pedir em namoro é coisa de novela de época das 18hs) e ter recebido um sim como resposta mas precisando nos despedir pois já era tarde, acabo saindo meio ensandecido pra casa sem saber exatamente o que fazer. Liguei pra um amigo e contei a história. Ele feliz por mim mas não sabia se ia pra casa ou pra casa dele. Aquela coisa de sair gritando. Fui pra casa e esperei meu novo namorado ligar. Estava voando. E ainda voei por quase 10 anos, depois que me dei conta que estava voando sozinho a muito tempo, sem uma torre pra dar retorno. 

Aí a gente acha que não voa mais pois era aquela pessoa que fazia a gente se sentir assim. Não. Pois um tempo depois eu voei de novo. Fofo, querido, gentil, escrevia mensagens lindas, gostoso (ai ai), não tinha como não se apaixonar. Aí voei de novo. Dessa vez literalmente pois o querido em questão mora a quase 1000 km de distância. Foram dias ótimos mas só teve um detalhe. Tinham destruído a pista, derrubado a torre, cortado minhas asas apesar de me tratarem muito, muito bem ele só queria amizade. E foi com o que voltei de lá. Afinal é daquelas pessoas que você não consegue ficar muito brabo por mais de meia hora. E somos amigos desde então. 


Apesar das intempéries, e elas sempre irão existir, essa capacidade que temos de nos dedicar a alguém especial ninguém nos tira. É nossa. Na vida teremos decepções várias vezes. O que se espera de uma pessoa de bom senso é que aprenda com algumas "quedas de aeronave" e tente descer em aeroportos mais seguros. Claro que isso é meio utópico pois a gente as vezes se apaixona pelo tipinho mais improvável do mundo. Aquele que os amigos dizem "o que você viu nisso?" Mas coração é coração, paixão é paixão e o romantismo vai aparecer mais cedo ou mais tarde. 

Eu coloquei as barbas de molho desde então até por força de outros problemas pessoais que já estão encaminhados. Mas estou na pista, esperando encontrar a pessoa pra poder ir pegar no fim do expediente com uma cesta de piquenique e um bom vinho pra passar um fim de tarde num parque qualquer no final de um dia quente. Ou quem sabe um jantar a luz de velas bem tradicional, para uma noite em seguida bem fora do tradicional. Ou talvez uma viagem inesperada de final de semana, sem notebooks, ipads (no máximo o celular pois hoje em dia, já viu). 

Uma vez romântico, sempre romântico e não importa quantas vezes o avião caia. Assim que o avião decola começa tudo de novo. Não ache que todo aeroporto é europeu. Mas não tenha medo de voar. Essa força é sua e você segue o horizonte que quiser. E dê umas voadas com você mesmo. Isso atrai contato de várias torres. rsrsrs. Quedas nos fazem fortes. Mas voar é que nos faz felizes. 


2 comentários:

  1. bela análise, renato. como eu comentei recentemente no blog, ando desanimado com a falta de interesse das pessoas. tá ficando difícil até mesmo conseguir marcar um encontro... essa sensação de voar é muito boa mesmo e já sinto saudades dela...

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    1. Tá difícil mesmo achar alguém que nos faça valer a pena sair do chão. Mas como disse, as vezes temos que voar por nós mesmos.

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