domingo, 15 de dezembro de 2013

Não é pra isso que torcemos. Parte 2.

É um assunto meio extenso por isso decidi dividi-lo em 2. Acesse aqui a parte 1.

Problemas com torcidas existem em vários lugares e a mais famosa eram dos Hooligans na Inglaterra que nos anos 80 protagonizaram as piores tragédias em campos do primeiro mundo. A mais famosa foi a final da então Liga dos Campeões entre Liverpool e Juventus da Itália. Em partida disputada na Bélgica, o fato ficou conhecido como a tragédia de Heysel onde 38 torcedores morreram pisoteados. A tragédia fez com as autoridades tomassem medidas extremas mas necessárias para evitar que se repetissem. Matéria da Veja desta semana detalha o fato e algumas medidas que ajudaram a acabar com os Hooligans. 

 Em 1989 no entanto, outro fato ocorreu na Inglaterra envolvendo Hooligans dessa vez em seu próprio território onde quase 100 pessoas morreram. Aí definitivamente fecharam o cerco aos torcedores violentos. 



Mas aqui o buraco é bem mais embaixo. Já se falaram muito sobre a atitude da Inglaterra mas aqui nada efetivo vai pra frente.

Em 2000 na então final da copa João Havelange entre São Caetano e Vasco (Vascão aí de novo), a queda do alambrado devido a uma super lotação causou inúmeros feridos enquanto diretores do Vasco queriam continuar o jogo e após o governador ter mandado cancelar a partida, jogadores do Vasco no maior exemplo de falta de caráter e bom senso nunca visto, saíram com a taça na mão comemorando como campões entre corpos agonizantes pelo campo. Título esse confirmado pela "prudente" CBF do então Ricardo Teixeira. Nossa paixão nas mãos de ladrões, oportunistas sem o mínimo respeito com aqueles para os quais devem um mínimo de respeito: os torcedores. 


Aí fala sério. Você sairia de casa por causa desses caras? Se mete em briga por causa disso? Faça-me o favor.  Você se acabando e os jogadores vão pra casa com as burras cheias de dinheiro nem aí se o time ganhou ou perdeu. 


Me desculpem os que agora se recuperam de um traumatismo craniano. Bem feito. Se estão com isso é porquê estavam no meio da coisa. 

Não dá pra passar a mão na cabeça. Vai acontecer de novo como tem acontecido. E alguém se incomodou e começou a tomar providencias. A Nissan cancelou o patrocínio ao Vasco (clique e leia matéria da Exame). Os baderneiros identificados deviam ser proibidos de entrar nos estádios em dias de jogo e se apresentarem a delegacia para ver o jogo de lá como é feito na Inglaterra. Caso não apareça é dado como foragido e preso. E sem essa de habeas corpus e o diabo a quatro. Crime inafiançável. 

Outra medida mais severa seria boicotar os jogos. Não vamos. Deixa o clube jogar só pras torcidas organizadas. Vamos ver quem é mais importante: aquela duzia de gato pingado que é bancada pelos clubes ou os milhares de torcedores que pagam ingressos caros por um domingo de futebol? Mas já disse que brasileiro não tem senso do beneficio coletivo comum então isso seria quase uma utopia.   

A poeira já já vai baixar. Os clubes já foram multados, já perderam mandos e mais mandos de campo e aguardam os desmandos pra ver quem no tapetão sobre ou desce. Na retrospectiva da Globo vai passar as cenas da barbárie de novo mas temos o maior Reveillon do mundo. Todo mundo de férias em janeiro. Você na Praia Grande ou Caiobá, e seus ídolos de chuteira em algum resort na Europa. Muito justo. Mas deixa disso. Em fevereiro recomeçam os campeonatos regionais e no final das contas "ano que vem a gente leva". 

Até a próxima briga de torcidas. 

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