quarta-feira, 4 de maio de 2016

Brasil visto de baixo!

Olá correligionários. Todos engajados na luta do dia a dia de ser brasileiro nestes tempos de chuvas, sol tórrido e tempestades repentinas que nos lavam a jato? Pois é. 

Há um programa muito bacana na TV a cabo que revela as belas paisagens do país em imagens aéreas de vários cantos do Brasil. Brasil Visto de Cima. Mas como as coisas andam pegando fogo aqui embaixo mesmo penso ser interessante mudar o ponto de vista e olhar mais "cá abaixo" mesmo. Ora pois.

Eu sempre gosto de olhar determinadas situações virando o pescoço e olhando para trás mesmo. Uma passadinha no passado passa algumas coisas a limpo. Ainda mais ultimamente quando alguma discussão sobre golpe se acentua e alguém no fundo da sala grita "vai estudar história". Adoro.

Não sou historiador mas sou fã desta "ciência" ainda tão pouco valorizada. Vivo pensando em adentrar ao mundo acadêmico desta nobre área mas sabe-se que ela está tomada por uma ideologia um tanto marxista e é necessária uma isenção para estudo dos fatos ou, do contrário, cada um enxerga as coisas como quer e não como são.

Com Dilminha esvaziando as gavetas vislumbramos novos tempos não tão promissores mas talvez um pouco menos tumultuados. A busca de perpetuação de poder pela esquerda descambou no aquecimento dos conflitos político, ideológicos e sociais mais descabidos, na minha opinião, nunca antes vistos na história deste país.

Ambos os lados trocam "elogios" múltiplos. Nazista, fascista e tudo e tal, nada tem a ver com coisa nenhuma e fica tudo misturado no mesmo bolo. Todos defendendo a democracia que melhor convém a cada um. Como ouvi certa vez sobre definição, democracia é quando eu mando em você e ditadura é quando você manda em mim. Simples assim. Como li hoje no FB de uma colega a postagem clamava invadirem o congresso nacional no dia da votação definitiva do impeachment para impedir a votação a qualquer custo em pró da democracia. Oi???

Mas a parte da história ainda é a que mais me diverte. Na humanidade, ela está repleta de arbitrariedades cometidas por todas as correntes políticas e filosóficas que se conhecem (até budistas saem na porrada lá do outro lado do mundo quando o bicho pega). Mas sobre uma ótica mais local a defesa da política de esquerda é mencionar estudar história para analisar que o pseudo-golpe pra tirar a Dilma é quase uma repetição do Golpe de 64 no Brasil. Golpe militar no modelo que varreu a América Latina a partir dos anos 60 e atingiram também Argentina, Chile, Nicarágua e outros mais. Pois é petralhada,ninguém aprendeu nada mesmo. Nem vocês.

Cuba, China, União Soviética, Muro de Berlim (o PT fez um murinho em Brasília, é fato), cortina de ferro, Coréia do Norte, Vietnã ... ditaduras de esquerda gente. A ditadura comunista de Mao Tse Tung na China matou 50 milhões de chineses de fome. Em Cuba são famosos os refugiados que se aventuram ao mar para fugir para os EUA. Muro de Berlim idem. Então não metam a coitada da história na justificativa de vocês. Ela já tem muito a se explicar.

Pelo lado da dita direita coxinha existe um erro de evolução humana chamada Bolsonaro e seus apoiadores. Eu não vou discorrer sobre esse assunto. Me recuso. Só peço que, caso haja alguém que o apoie esteja lendo este texto que me exclua de sua rede de amigos ou passe adiante e etc. Sim,pra esse tipo de assunto sou intolerante. Aliás vejo com preocupação o excesso de tolerância ao intolerável e o quanto a sociedade é intolerante com coisas administráveis. Temos problemas de princípios e valores graves. Ainda aceitamos que gente mate no transito sem punição, que gente morra sem atendimento médico, que a educação seja uma merda, que políticos roubem e sejam eleitos várias vezes, auxílio moradia pra juiz. Mas ficamos putos da vida sobre direitos gays, aborto, ser podado no transito, vaga de estacionamento e tal. Chama o Darwin!

E pra mim existe uma retórica falsa do PT que eles são o povo no poder. Não são. Não taxou grandes fortunas, não melhorou saúde nem educação, se aparelhou dos grandes interesses como todos os outros partidos (são eles contra nós, simples assim). Usam da CUT e outros movimentos sociais para se apoiarem. Chegaram a entregar a secretária de direitos humanos na mão do inFeliciano pra ter apoio na Câmara. E como todos os outros repete a retórica da negação. Triste.

Não vejo um modelo político e econômico prontos para o Brasil. Nem neo-liberalismo e nem socialismo. Somos muito complicados. Mas creio que precisamos unir o país novamente e entender o que cada camada da sociedade pode oferecer e precisa para viver. Não existe coxinha, nem petralha. Existem os políticos e os muito ricos. Todo o resto somos nós que temos visões diferentes do Brasil mas que sofremos diretamente com tudo o que está acontecendo. Dizem que se algumas medidas corretas forem tomadas a recessão deve ser superada só daqui a 2 a 3 anos.

Eu realmente espero que as eleições municipais deste ano sejam um divisor de águas. Pois só o voto pra mudar alguma coisa uma vez que os bandidos do poder usam de todo artifício pra não perder o osso. Mas pelo voto a coisa é diferente. E a mudança passa por nossa responsabilidade. Ou é agora ou não é mais.

2 comentários:

  1. Como historiador eu fico indignado quando a história é invocada com um único propósito: Justificar aquilo que eu faço em nome de um sentimento bastante complexo chamado vingança pessoal ou coletiva!
    As relações humanas estão novamente ( porque a história se repete ) e gravemente doentes. Nessas horas os falsos "salvadores" tem campo fértil para desencadear todos os horrores que a história já presenciou.
    Isso aplica-se à esquerda ( corroída pelo desejo de poder a qualquer custo ) e à direita ( corroída por formas velhas de poder consagrados no tempo ).
    bjs

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  2. Texto perfeito, e com o comentário do José Soares... lacrou! rsrsr

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