quinta-feira, 27 de março de 2014

Oscarizando geral!

Olá pessoal. Mais uma vez aqui pra falar dos filmes do último Oscar. Sabe como é. Em casa, se recuperando do transplante e vamos fazer o que? Ver uns filminhos. Não sou crítico de cinema mas vou deixar minhas impressões sobre algumas películas da sétima arte.

Gravidade (Gravity)

Um acidente em órbita do planeta coloca em risco uma missão americana onde uma astronauta precisa ser rápida para sobreviver e voltar com vida à Terra. Ao final do filme fiquei com a impressão de muito dinheiro jogado fora. Detestei o filme. Pra quê aquilo tudo? Ok que recebeu uma bagatela de prêmios técnicos no Oscar mas nem isso acho que justifica assistir o filme. Achei o argumento fraco. As interpretações também não me convenceram. E olha que a Sandra foi indicada como melhor atriz! Faltou um algo mais que justificasse o filme. O filme busca ser um drama. Então qual é o argumento? Tipo: o espaço é perigoso? Ok, pegar transporte público também é; mostrar a frieza em situações de risco? Veja o que pode fazer uma mãe pra salvar a vida de um filho. Cinema pode ser inspirador. Veja o filme e me diga no que ele te inspirou. A mim, nada.


O Lobo de Wall Street (The Wolf of Wall Street)

Ambicioso jovem quer entrar no mercado financeiro e faz fortuna em Wall Street com golpes e transações falsas. Na hora lembrei de Prenda-me Se For Capaz, de 2002, que também é com Di Caprio. O filme revela o submundo do mercado financeiro e me deixou a impressão de que dependendo do crime, ele compensa sim. Di Caprio empolga com situações istriônicas de seu personagem. Só achei o filme longo demais: três horas é muita coisa pois há momentos que perde o ritmo. Não levou nenhum douradinho pra casa mas vale sentar e assistir.



HER

O melhor filme dessa safra, dos que vi até agora. Homem solitário se apaixona por um sistema operacional de inteligência artificial e passa a sentir sensações como de um relacionamento convencional. Merecidíssimo Oscar de roteiro original o filme consegue tratar as principais nuances de um relacionamento virtual lhe fazendo pensar sobre as relações reais também. Até o ciúme. O filme é tocante. Sensível. A interpretação de Joaquim Phenix é primorosa e descontraída. Você se emociona com ele. A fotografia também merece atenção. Assim como a trilha que conduz bem a trama toda. Há momentos mágicos que trazem a questão das dificuldades práticas de se ter uma relação virtual ficar em segundo plano. Fica dependendo do envolvimento que se dá a relação. No fundo o que precisamos é de uma boa companhia que nos faça bem, nos faça sentir vivos. Mesmo que quem nos ajude nisso não esteja tão vivo no sentido mais literal da palavra. Pare o que está fazendo e vá ver esse filme.



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